Superintendência Estadual de Tecnologia da Informação e Comunicação

Plataforma de documentação operacional e gerencial da SETIC

Ferramentas do usuário

Ferramentas do site


start:cases_infraestrutura:defacement

gproject_0017: Detecção de Defacement

Numero do projeto Equipe Responsável Data de Inicio Data de Implementação
0017 Datacenter 17/09/2021 22/11/2021
Origem Observações
A implementação tem como finalidade a detecção e tratamento célere de incidentes de Defacement

Objetivo


O projeto tem como finalidade a detecção e tratamento célere de incidentes de Defacement, que se trata de uma técnica que consiste na realização de modificações de conteúdo e estética de uma página da web através da exploração de vulnerabilidades nas páginas e servidores web.

Escopo


O que é Defacement?
O “deface” ou “defacement” é o processo de modificação do conteúdo que é exibido em um site, sendo comum que o invasor não acesse a base de dados e nem inative o servidor, ele simplesmente deixa uma mensagem para os usuários e responsáveis, colocando o recado por cima da estrutura original do site invadido. Muitas comparações para entender o deface citam as pichações: é quase uma assinatura mesmo, com a diferença de que a parede é a página de outra pessoa. Em vez dos menus, dos textos e tal, aparece uma imagem escolhida e subida pelo hacker, além de uma assinatura para o invasor se identificar e marcar território, com uma mensagem que ele escolher.
Fora o aspecto visual, o ataque hacker pode impactar na perda de visitantes do site a curto e a longo prazos. Isso porque o conteúdo fica indisponível até a situação ser resolvida, além da confiança do usuário que pode diminuir devido à sensação de insegurança no site e por não ter como ele saber se além do deface, houve algum outro tipo de vulnerabilidade na página. Outro grande problema está relacionado aos mecanismos de busca, como o Google, que costumam derrubar sites comprometidos nas páginas de resultados de pesquisas, caso o problema não seja resolvido rapidamente.

Cenário Inicial
O fator motivador para estruturação do serviço foi o fato de não existir na estrutura desta Superintendência uma rotina ou mecanismo de verificação nos sites mantidos na estrutura, devido a isto possíveis ataques de Defacement não seriam detectados de forma célere, sendo por vezes os ataques descobertos por meio de terceiros ou notícias da mídia, como exemplo citamos a matéria publicada no site de notícias G1 no exercício de 2019, Hacker invade 24 sites do governo de Rondônia.

Quais soluções foram propostas?

Foi proposto a implantação de uma ferramenta capaz de checar as modificações de um site a cada 15min e enviar uma notificação via telegram para o grupo responsável para tomar as primeiras medidas. Também foi implementado uma ferramenta capaz de conectar ao sistema de proxy reverso e realizar a troca da página atacada para uma página de manutenção, diminuindo o tempo de resposta da equipe, permitindo a verificação interna do ocorrido e realizando as correções para deixar o site funcional novamente.

A Tecnologia
A ferramenta utilizada consiste em um bot que executa um script, o qual baixa uma versão “limpa” do site sendo monitorado, também conhecido como baseline, e a cada intervalo de 15 (quinze) minutos ele baixa uma nova versão do site e realiza uma comparação entre essa versão e a baseline, utilizando-se do método de comparação simples o script “conta” a quantidade de palavras em cada versão e caso haja um percentual superior a 20% de diferença o alerta é disparado para um grupo no Telegram, o qual é composto por servidores da equipe de Datacenter da Superintendência Estadual de Tecnologia da Informação e Comunicação - SETIC.

Para complementar a ferramenta, foi criado um script que utiliza a ferramenta Puppet Bot para se conectar ao proxy reverso da SETIC e caso for identificado o Defacement é procedida a retirada do site do ar, sendo substituído por uma página de manutenção, de igual forma foi desenvolvido um painel do Grafana, o qual recebe os logs do sistema de detecção para registro e acompanhamento do sistema de detecção.

Pensando em futuras modificações foi confeccionado um manual para a equipe de datacenter onde orienta como adicionar novas URLs ao bot e definir o ponto do site a ser monitorado será utilizado como baseline.

Custos


A solução não incorreu em gastos para o Estado visto ter sido utilizado soluções de código aberto e/ou já desenvolvidas e mantidas pela equipe de servidores da Gerência de Datacenter.

Etapas do Projeto


Etapa/Entrega Descrição Chamado Correlacionado
1 - Conceito Análise do cenário atual e possíveis soluções Chamado GLPI 2021093792
2 - Estruturação Proposta e Estruturação da Solução Chamado GLPI 2021094495
3 - Teste Realização de testes Chamado GLPI 2021094501
4 - Divulgação Divulgação da Implementação nas mídias oficiais da SETIC
5 - Documentação Documentação do case na Wiki Chamado GLPI 2022040986

Resultados alcançados


  • Após testes realizados pela equipe a ferramenta de detecção de defacement funcionou perfeitamente sendo capaz de detectar 100% das tentativas de descaracterização dos sites propostos;
  • A implantação tornou possível a automatização de checagem dos sites, gerando assim economia de tempo e recursos dos servidores;
  • A ferramenta mostra possibilidade de adição de mais sites/sistemas para serem monitorados e de igual forma pode ser integrada a outros comunicadores instantâneos como o Whatsapp.
start/cases_infraestrutura/defacement.txt · Última modificação: 2022/04/25 17:20 por Iasmin Lima Batista